O aparecimento da Psicologia como ciência

A Humanidade desde sempre colocou um sem-número de questões sobre o mundo que a rodeia: Qual a causa dos tremores de terra? Qual a origem da vida? Porque se morre? etc.

Para estas questões procurou respostas, explicações que lhe atenuassem a angústia e a inquietação.

Contudo, a Natureza não foi o único objecto das interrogações do Homem. Este reflectiu sobre si próprio, sobre a vida humana: o nascimento e a morte, o bem e mal, a origem do medo e das emoções, do sono e dos sonhos, da paixão, do amor, dos delírios, etc.

E é destas experiências vividas que nasce a ideia de alma. Encarada como sopro de visa, como força interior que dirige e alimenta o corpo, a alma foi objecto das mais diversas reflexões. Aristóteles é considerado por muitos o autor do primeiro estudo de psicologia, intitulado Acerca da Alma. A palavra Psicologia em termos etimológicos deriva de psyché (alma) + logos (razão, estudo).

Todavia, o termo psicologia só aparece no século XVI, sugerido por Rodolfo Goclénio, vindo a ser vulgarizado no século XVIII. Fazendo parte integrante da filosofia, a psicologia só é considerada ciência nos finais do século XIX. Contudo, a psicologia tem um longo passado.

Atravessada por várias teorias, recorrendo a métodos e técnicas de investigação diversificados, organizada em várias especialidades, a psicologia procura, nesta diversidade, responder ás questões que desde sempre os seres humanos colocaram sobre o seu comportamento, as suas emoções e sentimentos, as relações que estabelecem uns com os outros, os sonhos, as perturbações.